Programação Colóquio Redes, Bordas e Entretenimento

Programação do Colóquio Redes, Bordas e Entretenimento

 

Quarta-feira, 28 de novembro 2012-11-26

Auditório do PPGCOM, Centro de Artes e Comunicação – Campus da UFPE (Cidade Universitária) – Recife- Pernambuco-Brasil-Mundo

Às 14:30

 

NAS BORDAS DO CINEMA BRASILEIRO

Professora Bernadette Lyra (Anhembi-Morumbi)

 

O termo "Cinema de Bordas" é usado para recortar, pesquisar e estudar um tipo específico de filme de ficção que ocorre no universo de produção, realização e exibição cinematográficas periféricas.  Os filmes de bordas são feitos com baixo orçamento; adotam o estatuto do improviso e da precariedade; adaptam-se a uma estética mais ou menos "tosca", "impura", "mista" ou "trash" e circulam em espaços caseiros ou em mostras alternativas, atendendo a um público que neles vê os reflexos de seu habitat, de seu gosto, de sua região e de seu próprio imaginário, Neles, os resíduos da cultura popular aparecem atualizados, metamorfoseados e remixados sob o contrato dos modos usuais com que os meios audiovisuais de comunicação atuam sobre os hábitos e costumes de moradores de determinadas regiões do país.

 

CENAS MUSICAIS- IDENTIDADES EM DIFERENTES MOLDAGENS PARA O MANGUE A LAMA NAS CENAS MANGUEBEAT, INDIE E HEAVY METAL DO RECIFE. 

Professor Jeder Janotti Junior (Universidade Federal de Pernambuco)

Antes de definir de modo estrito o que se entende por cena musical, busca-se, através de uma abordagem heurística, observar como a utilização do rótulo cena pode articular experiências estéticas que, apesar de conectar identidades locais à circulação global de música, possibilitam diferentes encaixes em um mesmo espaço urbano. Levando-se em consideração que a noção de identidade pressupõe uma "noção de si" e uma articulação da memória, pretende-se observar como a configuração de sonoridades diferenciadas (mangue, indie e heavy metal) possibilitam vivencias e construção de territórios sonoros que ora, partilham um mesmo imaginário de cidade, ora se apoiam em dissensos que configuram lugares que tencionam a ideia de Recife através da lama e do mangue (como fontes imaginárias da produção cultural atual). Seguindo essa trilha procurar-se-á entender como são partilhadas e tensionados os territórios sonoros presentes nas experiências articuladas na cena musical do recifense, na cena indie e na cena heavy metal.

da programação televisiva brasileira.

 

Quinta-feira, 28 de novembro 2012-11-26

Auditório do PPGCOM, Centro de Artes e Comunicação – Campus da UFPE (Cidade Universitária) – Recife- Pernambuco-Brasil-Mundo

Às 14:30

 

APROPRIAÇÕES DE RAYMOND WILLIAMS PARA ANÁLISE CULTURAL DE TELEJORNALISMO

Professora Itânia Gomes (Universidade Federal da Bahia)

A articulação entre a mudança social e a mudança cultural é o desafio central que Raymond Williams quer enfrentar com a formulação da noção de estrutura de sentimento. Em sua obra, estrutura de sentimento vai se configurando como um recurso que o autor mobiliza para compreender a maneira como vivemos, cada um de nós, individualmente, mas sempre de modo profundamente social, a complexidade das relações entre materialidades econômicas, estruturas sociais e políticas e produção de sentido. Na nossa conferência, apresentarei os elementos centrais da teoria da cultura e da análise cultural em Raymond Williams, em especial o conceito de estrutura de sentimento. Em seguida, apresentarei alguns desdobramentos mais específicos da análise cultural de Williams para análise do telejornalismo, a partir de alguns exemplos da programação televisiva brasileira.

 

A COMUNICAÇÃO DAS COISAS. INTERNET DAS COISAS E TEORIA ATOR-REDE.

 

Professor André Lemos (Universidade Federal da Bahia)

 

A Internet das coisas é, de acordo com CERP 2009 (Cluster of European Research Projects on the Internet of Things), uma infraestrutura de rede global dinâmica, baseada em protocolos de comunicação onde "coisas" físicas e virtuais têm identidades, atributos físicos e personalidades virtuais, utilizando interfaces inteligentes e integrados às redes telemáticas. As coisas/objetos tornam-se capazes de interagir e de comunicar entre si e com o meio ambiente através do intercâmbio de dados. Durante o ano de 2008, o número de coisas ligadas à Internet excedeu o número de pessoas no planeta. Estima-se que haja mais de seis objetos por pessoa conectados no mundo hoje. Vamos investigar a IoT a partir da Teoria Ator-Rede (TAR) e de Ontologia Orientada a Objeto (OOO). A TAR busca identificar as mediações que se estabelecem na associação entre atores humanos e não-humanos. O social é o que resulta destas associações. Pela OOO discutimos a essência dos objetos e suas qualidades quando os mesmos passam a ter uma nova funcionalidade: a infocomunicacional. Para exemplificar analisamos o projeto de implementação de etiquetas de radiofrequência no escudo dos uniformes dos alunos de uma escola municipal na Bahia. O objetivo é mostrar como uma nova qualidade dos objetos traz à baila questões técnicas, mas também comunicacionais, sociais, pedagógicas, policiais, alterando regimes de sociabilidade. Um objeto sensual com novas qualidades sensuais nos convoca a repensarmos suas qualidades reais.







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